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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um post à adolescente...

Desengane-se quem pense que vou escrever um post com "fofinhux","bjokax" e afins. O tema talvez seja apropriado a um adolescente que só agora dá de caras com a dualidade do amor e com a sensação de injustiça que esta pode trazer, mas descansem que não vou assassinar a lingua de Camões.

Bem, a pergunta é: "porque raio é que se ama quem se ama, porque é que não se pode escolher desamar, e porque é que se desama sem escolher?". Poderia até acrescentar um "Não é justo!!" para dar efeito dramático (ou como agora se diz: "Emo"). lol

Vejo e sei de situações à minha volta que me fazem pensar (mais ainda do que o costume, isto é). Mulheres e homens que passam por verdadeiros infernos para estar com a pessoa de quem gostam, situações que poderiam evitar se simplesmente pensassem duas vezes e juntassem 2+2.

Vejo gajos a serem verdadeiros cabrões, anormais de primeira sem qualquer perspectiva de vida, menininhos de cabeça... e elas continuam lá. "Ele muda. Eu mudo-o. Eu perdoo. Ele muda. Eu perdoo."

Vejo rapazes que têm que lidar com corações frios, personalidades lixadas, namoradas que não lembram ao diabo... e eles continuam lá. "Ela muda. Eu mudo-a. Eu perdoo. Ela muda. Eu perdoo."

Roça o irracional.

E depois relações em que as duas pessoas se amam, tudo corre bem, zero stresses, e a desilusão e o desencanto vão surgindo naturalmente com o hábito e a rotina, como uma trepadeira que lentamente sufoca o que sentem.

Será que o ser humano precisa de emoção e incerteza constantes para permanecer apaixonado?
Se sim, porquê?

A minha mãe tem uma frase que sempre me pareceu a mais correcta, mas agora sei que é impossível de aplicar quando amamos: "quando as coisas más ultrapassam as boas, está na hora de virar o disco e tocar outra música." Ora bem, o problema é que muitas pessoas amam e não saiem do disco riscado. Outras, o disco parece estar a tocar perfeitamente e ao menor sobressalto, a agulha salta e a música acaba.

Os clichés serão: "ah e tal, se calhar essa música não era suposto tocar até ao fim." "Porventura, as músicas riscadas são as que têm que assim ser." Isso é bolocks. Treta. Não acredito que "as coisas tenham que ser assim." Pronto, tá tudo predestinado. Ohhhhh...

É mesmo assim que foi e acabou-se. O que está, está. Um gajo parte o coração, chora que nem um desalmado, etc etc.. Tudo bem, isso é uma coisa.

Outra totalmente diferente é TER que ser assim. Se a partir de agora for para cada relação a pensar: "ah e tal, isto vai acabar como e quando tiver que acabar, é que nem importa o que eu faço." então para quê o esforço? Para quê a preocupação com a outra pessoa? Pensando desta forma, então se a outra pessoa nos amar vai aceitar qualquer abuso. Vai estar eternamente a pensar que nos pode mudar. E eu não acredito nisso. Não quero acreditar.

Posso ter ficado mais amargo e mais cínico com o que me aconteceu, porque dei tudo o que podia e não foi o suficiente, mas Deus me livre se não vou fazer o mesmo da próxima vez que amar alguém. E serei talvez o eterno abandonado, porque serei sempre correcto e avesso a confusões e incertezas, mas que se lixe. Não sei viver de outra maneira. A minha mãe que me desculpe, mas às vezes é preciso ficar, mesmo quando as coisas más ultrapassam as boas. Só assim aprendemos, só assim batemos com a cabeça e retiramos algo de novo que nos torna melhores. Os problemas não se evitam, enfrentam-se. Para além do mais, nunca teria o sangue frio de deixar alguém que amo, mesmo que as coisas não estivessem a dar resultado. A única diferença entre a pessoa que sou agora e a que era há 3 anos atrás, é que já não mais direi "amor da minha vida" sem meter um "agora" à frente. Isso aprendi da pior maneira.

De resto, permaneço igual. Daqui a algum tempo, não sei quanto nem me interesse de momento, estarei preparado para uma relação séria e duradoura. É o tipo de pessoa que sou, sempre fui e sempre serei. Só espero ter a sorte e o prazer de encontrar alguém com a maturidade mental e emocional que preciso. That´s all. Entretanto vou-me conhecendo a mim mesmo, tendo uma relação séria com o Miguel (não, não é o Veloso, sou eu mesmo). Já tinha algumas saudades deste gajo, deste party animal, deste tipo que vai a todas (as actividades entenda-se) quando está solteiro.

Algumas coisas não mudam nas pessoas, e apesar disso tanta gente permanece com uma certeza triste de que: "ele muda. ela muda. eu mudo-o(a). eu perdoo." O amor, afinal, é irracional. E ai está a minha conclusão à pito adolescente.

Homem da Faina Out

1 comentário:

The unfairef disse...

Boas,

Antes de mais tenho a dizer-te que nao sei a tua idade, e descobri este blog por acaso,

por isso vou dizer-te o que penso,
eu tb ja fui assim, e bati de frente, a vida a mim ensinou-me isto, a unica diferença entre uma mulher e um animal de estimação e a maneira de os treinar,

há muitas pessoas que mudam pelos conjugues, mas isto nem sempre dá bom resultado porque mais tarde ou mais cedo as pessoas voltam ao normal.

Ou seja se o que és quem gostar fiva ctg quem nao gostar, das duas uma ou aprende ou baza, mas no fim ficas sempre de consciencia tranquila...

SO mais uma coisa, esta e a minha opini-ao, por isso vale o que vale.

Um abraço